Um projeto de minigeração de energia com 1.680 módulos fotovoltaicos foi desenvolvido pela Universidade Federal do Amapá (Unifap). Além de reduzir os gastos com a conta de eletricidade, a iniciativa busca implantar energia solar como prática de sustentabilidade.
O sistema vai fornecer energia para todo o Campus Marco Zero da instituição. Os módulos recebem energia do sol e a transformam em energia elétrica. Essa energia é ingestada diretamente na rede e consumida imediatamente no campus, na Zona Sul de Macapá.
Como benefício, a universidade vai pagar menos pela conta de energia elétrica e desafogar o consumo direto da concessionária, como explicou o coordenador do projeto, Alan Ubaiara Brito.
“Esse sistema tem a configuração de sistema conectado a rede. Então é um sistema que não tem banco de bateria. Toda energia que está sendo produzida é ingestada diretamente na rede elétrica da concessionária. Então, pra que funcione é preciso que tenha energia da rede elétrica da concessionária. Se não tiver energia, o sistema deixa de injetar essa energia por questão de própria proteção e segurança do sistema”, detalhou.
Placas fotovoltaicas em usina de energia solar da Unifap — Foto: Nixon Frank/Rede Amazônica
A previsão é que a primeira etapa com 1.680 módulos seja conectada na rede elétrica em março de 2021. A segunda, com 4.226 módulos, no 2º semestre de 2021. As duas usinas seriam suficientes para abastecer 500 unidades consumidores de 300 quilowatts-hora ao mês, se a geração fosse voltada para o consumo fora da universidade.
O investimento foi de cerca de R$ 5,4 milhões. Desses, 50% financiado pela Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação e a outra metade por meio de emenda parlamentar.
Se na universidade não tiver consumo, essa energia será distribuída para o resto da cidade. Existe também a proposta de que a usina sirva de laboratório aos acadêmicos da graduação do curso de engenharia elétrica.
“Essas ações fazem parte do nosso programa de eficiência energética, de uso racional dessa energia e contribuir com essa discussão que é uma discussão que faz presente hoje no nosso meio e a universidade não pode ficar de fora. Então, essa é uma iniciativa voltada pra essas discussões de sustentabilidade”, afirmou.
A primeira usina está sendo montada com a potência de 554 quilo-watt pico e a segunda terá 840 quilo-watt pico. Totalizando, 1.394 quilo-watt pico de potência instalada. O suficiente para que a universidade receba a energia natural e diminua os custos no consumo da rede geral.